Lança Perfume e Casamentos, os de ontem, os de hoje e o nosso


Não, não estou fazendo apologia ao uso do lança-perfume, antes que me julguem e condenem. Aliás acreditem se quiser nunca cheirei nem sei como cheirar o lança perfume.

Lança Perfume já era para mim uma música linda e gostosa de ouvir da Rita Lee ( Eu sou neném, só sossego com beijinho...) e no casamento da minha amiga Aline, o pai da noiva rouba a cena com o microfone, dizendo que a noiva com um aninho de idade dançou com ele este sucesso da Rita Lee, nos idos de 1980. Eu, claro, que perdi meu pai aos sete anos, chorei bastante, um choro risonho ( existe), um choro de que bom que minha amiga têm ao seu lado este pai amoroso, querido, citando estas palavras...a música entra...pai e filha dançam.

Logo depois, enquanto toca I´ve Got Under My skin, meu marido me toma nos braços e começamos a dançar, mágicamente....sensualmente...apaixonadamente, neste dia comemoramos 5 meses que estamos morando juntos, escovas de dentes juntas, "e na bagunça do armário embutido meu casaco abraça seu vestido"...

Ao lado de amigas tão queridas e hospedada na casa da minha amiga que faz aniversário no mesmo dia da minha irmã, vejo minha amiga tbém vivendo feliz, dividindo a vida, com alguém especial e especialmente encantado por ela. Minha irmã e minha amiga de um modo único, encantam as pessoas.

Na volta para casa, um aperto no meu peito, aquele aperto dos arrependimentos, aquele aperto das palavras não ditas, das coisas não feitas.

Minha irmã quando se casou...há muito tempo...eu tive uma reação infantil, egoísta, senti a mesma coisa quando ainda pequenas, eu criança, ela adolescente, separou suas roupas, suas bijouterias, suas sandálias de um lado do NOSSO guarda-roupas, daquele em dia diante, existia o meu e o dela, as roupas delas, a vida dela se encaminhando, enquanto a minha ainda girava num torvelinho carente.

Quando ela começou os preparativos do casamento, me fiz de desinteressada, não ajudei, fui ver a prova do vestido (fiquem bem emocionada), mas segurei a onda.

No dia do casamento dela, no altar como sua madrinha, chorei, chorei, chorei, por todos os momentos que a partir dali não seriam mais acompanhados por mim, nós sempre dormimos no mesmo quarto e ver aquela cama vazia partiu meu coração, como quando eu tinha onze anos.

Penso, ás vezes, que esta minha carência infinita pela qual me fez ligar para ela agora e perguntar como tinha sido seu dia no novo emprego, liguei 1 hora da manhã e ouvi ela do outro lado um pouco braba me dizendo que ela falava comigo depois, minha carência é desmedida.

É verdade, eu não sei gostar pouquinho rs rs....mas eu na verdade não queria dormir sem ouvir que tudo estava bem com ela....

Anos se passaram e com prazer notei da voz da minha irmã, um embargo de emoção quando lhe contei que eu e meu companheiro vamos fazer uma benção em maio, a minha irmã sempre foi mais generosa, talvez pq já é mãe, talvez pq sempre foi um pouco minha mãe.

Minha amiga do Sul, nascida em 21 de outubro tbém, enquanto estive em POA, ela sempre foi a voz do meu juízo...

Minha amiga que se casou neste último sábado, estava maravilhosa, podem me chamar de maluca, exagerada mas eu nunca deixarei um avião, um ônibus ficar entre eu e meus amores.

Um dia quando já estiver velhinha e deixar este mundo, escrevam Quintana na minha última morada : AMIZADE O AMOR QUE NUNCA MORRE.

Ou qualquer frase bem melada e exagerada.

Lançaaaaaaaaaaaaaaa Lançaaaaaaaaaaaaa Perfume.........


Um comentário:

Aline Leal Fontanella Klemt disse...

Meu pai leu também e ficou todo bobo! Mostrou pra todo mundo.
Linda! Saudade, xiiiiiiiim!