Laços Eternos


Nossa, nossa, nossa...quantos dias sem falar no meu bloguinho, ocupada entre colar figurinhas no álbum das princesas, dois feriados, visita MARAVILHOSA dos familiares, leitura, pensamentos e etc, o bloguinho foi ficando...

Meu aniversário passou, e eu não me vi, estes dias me peguei falando assim : a "fulana" têm minha idade, 30 anos, sem me dar conta que na realidade fiz 34 anos...lembro da minha mãe dizendo quando fez 40 anos, estou na metade da minha vida, e eu que era bem novinha fiquei com aquilo cabeça, metade uma vida...numa outra conversa sincera na minha cozinha com mamãe neste fim de semana, vi que estou me deixando abater pelo "peso" que a sociedade impõe para a mulher com mais de 30 e solteira e sem filhos e sem marido porém muito bem sucedida, obrigada.

Você que está lendo pode ter pensando : Que absurdo, isso não existe ( e se você pensou isto, deve ter menos de 30 rs) mas existe, eu devo confessar que agora que estou namorando ( um outro motivo da desatualização do blog) tenho aquela sensação de tranquilidade, de estar com alguém que por muito tempo procurei entre tantos.

Percebo que os outros e tudo o que passou, só foram o caminho para chegar até aqui, até quem sou, aceitar (e gostar) de alguém 24 horas no meu dia à dia, aquela rotina gostosa de deitar a cabeça no colo do meu amado ao final do dia, de pensar no jantar, em tomar minha taça de vinho diário acompanhada, dividindo a mesma taça, os assuntos, de ficar cada um no canto do sofá lendo seu livro, como diria a música : "Todo dia ela faz tudo sempre igual, me acorda às 6 horas da manhã ( no meu caso às 8 horas)...."
Estes dias foram dias profundos, por vezes calados, por vezes falados exaustivamente, pontuado por conversas francas, tão transparentes, próximas da verdade absoluta.

Eu me impressiono ainda como os laços de sangue, familiares têm o seu poder, eu me entendo com minha avó, minha mãe e minha tia pelo olhar, pela pele, reconheço o barulho dos passos da minha mãe, adoro o cheirinho das roupas da minha avó e da minha mãe, amo o cuidado da minha avó com tudo e sua força é algo que emana, é e ponto, simplesmente é.

Tive um conversa difícil com minha tia e com minha mãe que me deixou pensativa o dia todo seguinte da partida delas, como eu digo sempre, eu preciso de um tempo para processar tudo, me recolho, penso, processo.

Eu fiquei feliz pela nossa honestidade, por realmente falarmos, trocarmos experiências e por eu conseguir me colocar assim como eu sou e não como as pessoas me vêem,

Há uma diferença imensa nestas duas imagens, quem somos e quem deixamos que as pessoas pensem que somos.

É muito bom saber que quanto mais o tempo passa mais minha família se torna o pilar tão seguro que eu sempre busquei, sem ilusões, cada um como ser humano, com sua vida, mas formando um grande pilar, onde quando precisamos podemos nos amarrar, nos proteger, nos apoiar.

Eu me sinto segura agora.