Fragilidade, teu nome é mulher - Shakespeare



Frágil, que se quebra, que se rompe, que desata, que faz baixar os olhos, que faz as mãos se separarem, que faz de um belo dia de domingo, um engodo amargo, oprime o peito.


O ciúme seria uma fragilidade? dizem que o ciúme é o tempero do amor ou seria o veneno do amor? como o dilema do remédio e veneno, o problema está na medida, na dose.


Fico pensando que sentimento estaria verdadeiramente por trás do ciúme, me veio a frase acima " Fragilidade, teu nome é mulher", eu me sinto frágil mas não o sou, este papel não me cabe, é uma roupa velha que não deveria me servir mais.


( respiro fundo)


Esta fragilidade porém, quando despertada, tocada, me torna uma "besta"e o meu revide costuma ser um massacre, e como em todo o massacre, inocentes são atingidos.


Proferir desculpas depois é tão pequeno e tão desproporcional...


O engraçado ( ou melhor não tem nada de engraçado) é que eu sinto como tudo toma forma, e por achar q o outro age e pensa como eu, ou melhor seria ou será capaz de fazer o que eu já fiz, eu revido na verdade contra mim, difícil explicar.


Meu ponto inicial é sempre pensar : você trataria um amigo assim? a pergunta é muito boa, porque quantas vezes tratamos um parente, um irmão, a mãe, o namorado, noivo, noiva, marido tão mal como se os laços por estarem feitos e sacramentados automaticamente se tornam em licença para maus tratos, desprezo, xingamentos, falta de respeito e aí eu volto na pergunta : você trataria seu amigo assim?


É triste reconhecer que as piores brigas que eu tive foram depois que coloquei uma aliança no dedo, mas isso é passado, morto, enterrado.


Raul Seixas cantou em sua música A maçã : "Amor só dura em liberdade, o ciúme é só vaidade, sofro mas eu vou te libertar, o que que eu quero se eu te privo, do que eu mais venero é que a beleza de deitar."


Guardadas as proporções que a minha fragilidade permite, Raul está mais que certo.