Este é o nome do livro que estou lendo atualmente, me sinto em outro mundo, no mundo das mulheres sábias,
Aqui dormimos às 21 horas no máximo, jantamos cedo, tomamos um bom café à tardinha enquanto pela janela da cozinha ampla vemos o entardecer, os almoços, com tantos sabores, tantas pessoas, tantos sons, tantos laços familiares e outros laços feitos pela vida.
Levantei-me por volta da meia noite, minha vó querida sentada na cozinha comia uma fruta, eu me sentei na mesa e iniciamos uma longa conversa que terminaria somente às 4 da manhã, desejei ter nascido em outro dia que não no dia 12 de abril, onde minha vó com tristeza me contou que seus pais foram assinados, meus bisavós, entendi o seu olhar perdido em todos os meus aniversários, enquanto ela me contava do nascimento de seus nove filhos, e do sofrimento de um, em particular que está doente (meu tio), fui percebendo a mágica daquele momento, único, que jamais iria se repetir.
No meio da conversa tomei coragem e pedi para ela, que um dia me desse o cordão que ela usa no pescoço, daqui uns 40 anos eu disse, a Sra me dá ? ela me disse que sim.
Esse cordão com a imagem de uma Santa e do Espírito Santo, foi encontrado na rua há muitos anos atrás e ela nunca mais tirou do pescoço, porque eu pedi o cordão ? Porque ela sempre o leva em seu peito, haja o que houver, e eu quero levar a força dela para sempre comigo quando for a hora.
"Apesar de nossos apegos atuais, nossas mágoas, dores, choques, realizações, perdas, ganhos, alegrias, o local que almejamos é aquela terra psíquica habitada pelos velhos, aquele lugar onde os humanos ainda são tão perigosos quanto divinos, onde os animais ainda dançam, onde o que é derrubado, cresce de novo, e onde os ramos das árvores mais velhas florescem por mais tempo.
A mulher oculta que preserva o estopim dourado conhece esse lugar.
Ela conhece.
E você também." Clarissa Pinkola Estés
Este foi sem dúvida, o melhor carnaval da minha vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário